28 de novembro de 2012

Pegadas digitais

A pergunta que persegue todos os internautas é: as nossas informções são mesmo seguras?
As empresas garantem que sim mas, na realidade, todas elas usam os dados dos consumidores e vendem a outras empresas. Tudo com o nosso (suposto) consentimento.

Não, os nossos dados não estão seguros. Qualquer pessoa (que abre o e-mail e se depara com quantidades inadmissíveis de publicidade a que nunca subscreveu) percebe isso. 

Porque é que vivemos num mundo onde as pessoas privadas têm um crescente temor de não estarem ligadas ao Facebook, mas  onde se permite que as empresas e os Governos se mantenham anónimos e privados, (digo não transparentes) como deveriam ser perante os cidadãos trabalhadores a quem exploram constantemente?

Sim, todos têm o direito de comunicar uns com os outros através de variadas plataformas virtuais, mas também é verdade que as empresas que prestam estes 'serviços' são empresas de marketing, não de social networking que olham para os seus clientes de uma forma perturbadora. 

Há que perceber que se um cidadão comum utiliza um serviço pelo qual não paga (como um e-mail ou o Facebook), o preço desse serviço não é dinheiro, mas a intimidade do seu consumidor. Algo de muito errado se passa num mundo em que as pessoas privadas (e com direito à privacidade) se tornam os alvos das empresas que os vêem como os seus produtos.

Há razões de sobra para estarmos inquietos com estes desenvolvimentos... Muitos perguntar-se-ão: "E que tem isso de mal? Eles só sabem aquilo que nós queremos que eles saibam e não estamos a fazer nada de mal." Mas não é essa a questão. Trata-se sim de direitos fundamentais, como o direito à privacidade.

Ou será assim que queremos acabar!?



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