16 de abril de 2015

"Everloving" sneak peak

"Uh… yeah… I wanted to show you…" Liz walked into her bedroom, emerging shortly after with two papers in her hand. She handed him one.

"What's this?"

"Come here." Tenderly, she took his hand and guided him to the telescope. She set the coordinates that she knew by heart while he read the paper. His curiosity piqued when he saw the words 'Star Registry', 'Max', 'Liz', and a set of coordinates. "Take a look." Max looked through the telescope and was staggered by the sight: in the dark wilderness of the Cosmos, he gazed at a small region of enchanting light, with the brightest stars he had ever seen.

"Liz!…"

"Did you find them?" She smiled in anticipation.

"If you're referring to the brightest of the bunch, yes."

"It's a binary system. To the naked eye, it looks just like one big star. The first time I noticed them was when you saved my life at the Crashdown… that tiny speck of light in the infinite dark sky… It was there when you allowed me to say goodbye to my grandmother; it was there when we first kissed; it was there when we took a step back; it was there that night we went to the desert to find the orb; it was there when we jumped off the bridge; it was there when you serenaded to me…"

Her dreamy voice trailed off… Max's memories of all of those moments flashed before his eyes with the binary pair as background, and he had to smile, reliving every emotion she evoked in his heart. "You decided to register them in our name," he finished her thought, softly.

"It felt like a good investment." Liz replied in the same tone.

"Investing in eternity…!" Max chuckled.

"Yeah…" They were both lost in the majesty of that celestial sight.

Missing your favorite soulmates?


Do you miss Max and Liz's devotion to one another? 

Do you love the reversed connection in the "Pilot" and the marriage proposal in "Graduation"? 

Are you nostalgic for that pure loving energy they shared, and ache to relive the bond between two beautiful souls?

Do you want to return to Liz's balcony for a while, to enjoy the company of your favorite characters?

I did, too! I loved watching the show and reading Melinda Metz's series of books. In both mediums, Max and Liz gave us a masterclass in true love!

So I had to write a story about them. 100% canon. This story is for Dreamers who long to shut the noisy world out and immerse themselves in that beautiful love of Max and Liz.

Banner by: behrbabe

Mark you calendars to May 14th! This fic shall be posted on Roswell Fanatics.



But, if you can't wait that long, you can take a sneak peak here.

13 de abril de 2015

Trechos do Desassossego (13)

Alguns têm na vida um grande sonho e faltam a esse sonho. Outros não têm na vida nenhum sonho, e faltam a esse também.

O homem perfeito do pagão era a perfeição do homem que há; o homem perfeito do cristão a perfeição do homem que não há; o homem perfeito do budista a perfeição de não haver o homem. A natureza é a diferença entre a alma e Deus. Tudo quanto o homem expõe ou exprime é uma nota à margem de um texto apagado de todo. Mais ou menos, pelo sentido da nota, tiramos o sentido que havia de ser o do texto; mas fica sempre uma dúvida, e os sentidos possíveis são muitos.

Pasmo sempre quando acabo qualquer coisa. Pasmo e desolo-me. O meu instinto de perfeição deveria inibir-me de acabar; deveria inibir-me até de dar começo. Mas distraio-me e faço. O que consigo é um produto, em mim, não de uma aplicação de vontade, mas de uma cedência dela. Começo porque não tenho força para pensar; acabo porque não tenho alma para suspender. Este livro é a minha cobardia. A razão por que tantas vezes interrompo um pensamento com um trecho de paisagem, que de algum modo se integra no esquema, real ou suposto, das minhas impressões, é que essa paisagem é uma porta por onde fujo ao conhecimento da minha impotência criadora. Tenho a necessidade, em meio das conversas comigo que formam as palavras deste livro, de falar de repente com outra pessoa, e dirijo-me à luz que paira, como agora, sobre os telhados das casas, que parecem molhados de tê-la de lado; ao agitar brando das árvores altas na encosta citadina, que parecem perto, numa possibilidade de desabamento mudo; aos cartazes sobrepostos das casas ingremadas, com janelas por letras onde o sol morto doira goma húmida. Por que escrevo, se não escrevo melhor? Mas que seria de mim se não escrevesse o que consigo escrever, por inferior a mim mesmo que nisso seja? Sou um plebeu da aspiração, porque tento realizar; não ouso o silêncio como quem receia um quarto escuro. […] Escrever é como a droga que repugno e tomo, o vício que desprezo e em que vivo. Há venenos necessários, e há-os subtilíssimos, compostos de ingredientes da alma, ervas colhidas nos recantos das ruínas dos sonhos, papoilas negras achadas ao pé das sepulturas dos propósitos, folhas longas de árvores obscenas que agitam os ramos nas margens ouvidas dos rios infernais da alma. Escrever, sim, é perder-me, mas todos se perdem, porque tudo é perda. Porém eu perco-me sem alegria, não como o rio na foz para que nasceu incógnito, mas como o lago feito na praia pela maré alta, e cuja água sumida nunca mais regressa ao mar.

Há metáforas que são mais reais do que a gente que anda na rua. Há imagens nos recantos de livros que vivem mais nitidamente que muito homem e muita mulher. Há frases literárias que têm uma individualidade absolutamente humana. Passos de parágrafos meus há que me arrefecem de pavor, tão nitidamente gente eu os sinto, tão recortados de encontro aos muros do meu quarto, na noite, na sombra. Tenho escrito frases cujo som, lidas alto ou baixo  é impossível ocultar-lhes o som – é absolutamente o de uma coisa que ganhou exterioridade absoluta e alma inteiramente.

Revolucionário ou reformador - o erro é o mesmo. Impotente para dominar e reformar a sua própria atitude para com a vida, que é tudo, ou o seu próprio ser, que é quase tudo, o homem foge para querer modificar os outros e o mundo externo. Todo o revolucionário, todo o reformador, é um evadido. Combater é não ser capaz de combater-se. Reformar é não ter emenda possível. O homem de sensibilidade justa e recta razão, se se acha preocupado com o mal e a injustiça do mundo, busca naturalmente emendá-la, primeiro, naquilo em que ela mais perto se manifesta; e encontrará isso em seu próprio ser. Levar-lhe-á essa obra toda a vida.


Bernardo Soares – Livro do Desassossego



1 de abril de 2015

Contos Pessoanos

A Assírio Alvim lança, esta quinta-feira, o livro "A Estrada do Esquecimento e outros contos", com textos inéditos de Fernando Pessoa. A apresentação deste livro está marcada para dia 09 de Abril, pelas 19:00, na Casa Fernando Pessoa, Lisboa.

Aqui vai um pequeno excerto para aguçar a curiosidade: Contos Pessoanos



Fonte: Boas Notícias