28 de junho de 2015

The Meaning of Roswell


Beginning: April 5th, 2012
Finish: June 28th, 2015

sigh

It's finished. I guess now would be the time to make up a fanciful tale and claim that I wrote this story all in one night, while a flurry of inspired sentences guided my fingers through the keyboard… But I'm not going to. It took me a long time to write this one... But after 3 years… No, more than 3 years after I started it... it is finished! Twenty thousand and sixty two words... Something any professional writer would've taken four days to write… five days, tops!

I will also not lie and say that finishing writing this story was as jubilant as giving birth... That's not how I feel right now. I've tried reasoning with myself that if I finished a project I never thought I could finish, I should be elated and celebrate like crazy… But I feel as if my best friend has died, and I'm doomed to be forever apart from my inseparable companion after a short spell of profound happiness. Gosh, am I suffering from "post-novel depression", even though twenty thousand and sixty two words does not a novel make?!

Yes, I tried focusing on the good times – there are so many positive things for me to focus on, after all! This story has survived the most turbulent times of my life: it has survived the death of my best friend of thirteen years; it has survived a bundle of occupational problems, and it has survived long, scary bouts of writer's block. Many of my stories perished for less!

Writing came after my work was done and, usually, it didn't go beyond two sentences per night… Patience was the greatest virtue I learned throughout this process. Then, when I thought things were finally getting easier, God said: Now do it with one eye only.

For weeks after that loathsome day, the idea of finishing this story (and dribble past the terrible one-eyed fate that awaited me) was the only thing that kept me away from an emotional abyss. At the same time, I had no idea how I could keep writing when I could barely stare at the computer screen. Right before the retinal detachment, I had suffered through a few days of writer's block, unable to write a single sentence; I came to think that this was the Almighty's way of telling me to stop wasting my life with (less than) admissible activities. (It wouldn't have been the first time I'd hear it, either!) But this story has even survived two vitrectomy surgeries and eight weeks of absolute rest! Those little stolen moments on the computer, writing even if only one sentence, made me believe that my life was not that bleak!


After all was said and done, even though I still don't know if this story is cursed or blessed, there are many positive things about it, indeed! The editing process was even better than the writing process, because Fortune presented me with an exclusive companion with whom I collaborated for several months. For if the sole purpose of the act of writing is that the text can be understood and loved by the reader, this mission was fulfilled in the editing process. No one can ask for more than this, am I right?!

All in all, these were three unforgettable yearsMore than three years spent meditating on the mystery of that love between those two characters… It took me three years to find out the reason I liked both of those characters so much… three years to find that the original authors had encrypted the answer to the meaning of life in that first book (and that Pilot) when Max reversed the connection!

Oh, what I would give to be able to go through these years all over again!


                                                         WE HAVEALWAYS BELIEVED!

24 de junho de 2015

The Security Blanket




Linus está a agir de forma particularmente estranha: de joelhos, tremendo incontrolavelmente, como se estivesse no meio de um ataque de pânico. Charlie Brown observa-o, incapaz de compreender os motivos do seu amigo, mas fica visivelmente preocupado quando ouve os seus gritos agonizantes. Assim que a lucy corre para o irmão, a verdadeira razão do sofrimento de Linus torna-se aparente. Linus é sacudido por violentos tremores e só se acalma quando sua irmã finalmente lhe dá seu adorado cobertor. A segurança é o tema desta tira. Charlie Brown observa toda a situação, incapaz de compreender como é que um garoto brilhante como o Linus tem uma necessidade extrema de um pedaço de pano para fazê-lo sentir-se seguro, mas tal é o feitiço dos objetos simples. Estas bugigangas não têm qualquer poder intrínseco. A sua eficácia dese-se somente à associação que cada pessoa lhes dá, e são esses pensamentos felizes que se traduzem numa mente pacificada. Não temos todos um objecto especial que nos faz sentir seguros em alturas de grande stress?






19 de junho de 2015

The Thing About Companionship Is...

"Of course, you must know that every letter of yours will always give me pleasure, and you must be indulgent with the answer, which will perhaps often leave you empty-handed; for ultimately, and precisely in the deepest and most important matters, we are unspeakably alone; and many things must happen, many things must go right, a whole constellation of events must be fulfilled, for one human being to successfully advise or help another."

Rainer Maria Rilke – Letters to a Young Poet

13 de junho de 2015

Trechos do Desassossego (14)

O governo assenta em duas coisas: refrear e enganar. O mal desses termos lantejoulados é que nem refreiam nem enganam. Embebedam, quando muito, e isso é outra coisa.

Tudo quanto de desagradável nos sucede na vida - figuras ridículas que fazemos, maus gestos que temos, lapsos em que caímos de qualquer das virtudes - deve ser considerado como meros acidentes externos, impotentes para atingir a substância da alma. Tenhamo-los como dores de dentes, ou calos, da vida, coisas que nos incomodam mas são externas ainda que nossas, ou que só tem que supor a nossa existência orgânica ou que preocupar-se o que há de vital em nós. Quando atingimos esta atitude, que é, em outro modo, a dos místicos, estamos defendidos não só do mundo mas de nós mesmos, pois vencemos o que em nós é externo, é outrem, é o contrário de nós e por isso o nosso inimigo. Daí Horácio, falando do varão justo, que ficaria impávido ainda que em torno dele ruísse o mundo. A imagem é absurda, justo o seu sentido. Ainda que em torno de nós rua o que fingimos que somos, porque coexistimos, devemos ficar impávidos - não porque sejamos justos, mas porque somos nós, e sermos nós é nada ter que ver com essas coisas externas que ruem, ainda que ruam sobre o que para elas somos. A vida deve ser, para os melhores, um sonho que se recusa a confrontos.

A experiência directa é o subterfúgio, ou o esconderijo, daqueles que são desprovidos de imaginação. Lendo os riscos que correu o caçador de tigres tenho quanto de riscos valeu a pena ter, salvo o do mesmo risco, que tanto não valeu a pena ter, que passou. Os homens de acção são os escravos involuntários dos homens de entendimento. As coisas não valem senão na interpretação delas. Uns, pois, criam coisas para que os outros, transmudando-as em significação, as tornem vidas. Narrar é criar, pois viver é apenas ser vivido.

Nós outros todos, que vivemos animais com mais ou menos complexidade, atravessamos o palco como figurantes que não falam, contentes da solenidade vaidosa do trajecto. Cães e homens, gatos e heróis, pulgas e génios, brincamos a existir, sem pensar nisso (que os melhores pensam só em pensar) sob o grande sossego das estrelas. Os outros - os místicos da má hora e do sacrifício - sentem ao menos, com o corpo e o quotidiano, a presença mágica do mistério. São libertos, porque negam o sol visível; são plenos, porque se esvaziaram do vácuo do mundo.

Um homem pode, se tiver a verdadeira sabedoria, gozar o espectáculo inteiro do mundo numa cadeira, sem saber ler, sem falar com alguém, só com o uso dos sentidos e a alma não saber ser triste.


Bernardo Soares – Livro do Desassossego



6 de junho de 2015

Belmont Stakes de 2015



"Um cavalo feliz". Foi assim que o treinador Bob Baffert descreveu o seu cavalo um dia antes da prova que o tornaria na super-estrela do ano do Desporto de Reis.

Aconteceu enfim o que muitos diziam que não voltaria a acontecer! American Pharoah venceu o Belmont Stakes (G1) e, consequentemente, a Triple Crown, quebrando um enguiço de 36 anos.

Com apenas sete oponentes, o filho de Pioneerof the Nile tomou rapidamente a dianteira e conduziu toda a corrida. Apenas três potros o desafiaram durante o longo percurso de 2.400 metros: Materiality (vencedor do Florida Derby (G1)), Mubtaahij Frosted (vencedor do Wood Memorial (G1)), mas nenhum chegou realmente perto dele e ele venceu facilmente por 5 comprimentos e meio, em 2:26.65 – um segundo mais rápido que o anterior campeão da Triple Crown! Já o último quarto de milha foi percorrido em 24 segundos e 32 centésimos, mais rápido que os 25 segundos do grande Secretariat em 1973

O criador e proprietário do potro, Ahmed Zayat, sentiu que o seu cavalo estava pronto assim que ele entrou na gigantesca pista de Nova Iorque. Na entrevista após a corrida, Zayat confirmou que dissera à sua esposa "Prepara-te para seres a dona do 12º campeão da Triple Crown".

Depois da corrida, Zayat disse a todos que "fizera uma promessa à família e principalmente aos fãs" de manter o seu cavalo em treino e terminar a temporada de 2015. "Devemos ter as nossas estrelas connosco o máximo de tempo possível."

Podem ver a corrida e a entrega dos troféus aqui:




Parabéns às ligações de American Pharoah pela vitória no Belmont Stakes (G1) de 2015 e à tão cobiçada e gloriosa Triple Crown!