Avenida Brasil está prestes a chegar ao fim no seu país de origem. Os caminhos trilhados pelas personagens estão a chegar ao seu destino final e nas mãos de João Emanuel Carneiro está a resposta para todas as nossas perguntas.
O autor tem mantido os seus segredos a sete chaves e até os actores recebem apenas as cenas que vão gravar a seguir. Não têm acesso a todo o guião. Este é o preço da era da informação, amigos.
Há vilões que são e sempre foram conhecidos do público: a Carminha (Adriana Esteves), o Nilo (José de Abreu) e o Santiago (Juca de Oliveira) (bem, por enquanto são suspeitas, mas ele nunca teve boa reputação durante toda a trama). O mai recente rumor que li, faz do simpático Adauto (Juliano Cazarré) o suspeito "misterioso".
O que quer que aconteça, há 1:1.000.000.000.000.000.000.000, etc., de hipóteses de João Emanuel Carneiro escrever o final que eu imaginei.
Confesso que uma das minhas metáforas favoritas desta trama é o lixão e o que ele representa como espelho da natureza humana. Mas, se há muito lixo reciclável, acredito ainda (como sempre acreditei) que a natureza humana é demasiado complexa e ninguém é sempre bom ou sempre mau, nem que não possa mudar. Bem, de acordo com a Rita (Débora Falabella), a Carminha (Adriana Esteves) era só má.
Será mesmo?!
E se algo acontecesse que fizesse a Nina reconsiderar a sua opinião acerca da Carminha? Para ser sincera, não imagino a Carminha a arrepender-se pela forma como tratou a Nina ou a mudar a sua maneira de ser, pelo simples facto de que, ao longo dos anos, a sua estratégia de sobrevivência resultou. Que motivo teria uma pessoa amoral para mudar a sua estratégia de sobrevivência?!
Só vejo uma maneira de salvar a alma da Carminha do inferno – e, consequentemente, salvar também a da Nina – é "reciclando" os seus cérebros.
Claro!
Vejo este cenário com uma clareza cristalina:
uma perseguição automóvel causaria um acidente e Carminha e Nina iriam parar ao hospital.
A Nina tem alta três dias depois de ficar para observação, sendo tratada apenas por escoriações leves.
A Carminha fica em coma quatro dias.
A Nina visita-a em segredo, desejando ardentemente que a ex-madrasta acorde para que possam retomar a sua eterna rixa.
Quando o Tufão descobre que a mulher teve um acidente, vai a correr para o hospital. A
Nina tenta avisá-lo sobre quem é a mulher, mas não consegue.
A Carminha acorda desorientada e o marido apercebe-se que ela não sabe quem ele é. O médico conta para o ex-jogador que a mulher tem amnésia. Ele informa-o que operou a Carminha três vezes a uma perna, mas que ela vai precisar de apoio para andar; diz-lhe também que os danos cerebrais lhe afectaram a visão, deixando-a cega do olho direito.
Tufão quer levar a mulher para casa, mas a Nina está certa que Carminha está a fingir para poder voltar para a mansão.
Tufão leva Carminha para casa. A Nina vai atrás deles, levando consigo a receita dos analgésicos da Carminha.
Carminha é vista por outro médico que lhe receita analgésicos mais fracos (que mal tiram as dores que ela tem).
A Nina, de tão certa que está que a ex-madrasta está a fingir para ter a piedade de toda a gente, decide testá-la: humilha-a, repetindo comportamentos (dar-lhe macarrão com salsicha, por exemplo) que anteriormente eram insuportáveis.
Carminha mantém-se consistente e não reage como a Nina espera.
Nina decide ir tirar tudo a limpo e vai falar com o médico que operou a Carminha.
O médico garante-lhe que Carminha vai ser cega, aleijada e ter dores para o resto da vida.
Uma náusea invade Nina, contrariando anos sem fim de ódio e desejo de vingança. Ela finalmente apercebe-se de que não é justo tratar mal uma Carminha desmemoriada e indefesa.
O médico diz a Nina que a amnésia pode ser reversível, que a Carminha pode acordar um dia e lembrar-se de tudo.
Sabendo o risco que corre, Nina avia a receita dos analgésicos da Carminha e volta para a mansão. Vendo a oportunidade doirada que tem em mãos, Nina "reinventa" a história da Carminha, assegurando-lhe que ela é uma pessoa boa, trabalhadora e honesta. Carminha acredita, pois não tem outra escolha.
Nina diz a Carminha que elas eram amigas, desejando poder limpar a sua própria alma do ódio que a corrói. Ela dá os analgésicos certos à sua ex-arqui-inimiga e, lentamente, começa a ajudá-la na sua convalescença.
As duas tornam-se amigas de verdade.
O que quer que aconteça, há 1:1.000.000.000.000.000.000.000, etc., de hipóteses de João Emanuel Carneiro escrever o final que eu imaginei.
Confesso que uma das minhas metáforas favoritas desta trama é o lixão e o que ele representa como espelho da natureza humana. Mas, se há muito lixo reciclável, acredito ainda (como sempre acreditei) que a natureza humana é demasiado complexa e ninguém é sempre bom ou sempre mau, nem que não possa mudar. Bem, de acordo com a Rita (Débora Falabella), a Carminha (Adriana Esteves) era só má.
Será mesmo?!
E se algo acontecesse que fizesse a Nina reconsiderar a sua opinião acerca da Carminha? Para ser sincera, não imagino a Carminha a arrepender-se pela forma como tratou a Nina ou a mudar a sua maneira de ser, pelo simples facto de que, ao longo dos anos, a sua estratégia de sobrevivência resultou. Que motivo teria uma pessoa amoral para mudar a sua estratégia de sobrevivência?!
Só vejo uma maneira de salvar a alma da Carminha do inferno – e, consequentemente, salvar também a da Nina – é "reciclando" os seus cérebros.
Claro!
Vejo este cenário com uma clareza cristalina:
uma perseguição automóvel causaria um acidente e Carminha e Nina iriam parar ao hospital.
A Nina tem alta três dias depois de ficar para observação, sendo tratada apenas por escoriações leves.
A Carminha fica em coma quatro dias.
A Nina visita-a em segredo, desejando ardentemente que a ex-madrasta acorde para que possam retomar a sua eterna rixa.
Quando o Tufão descobre que a mulher teve um acidente, vai a correr para o hospital. A
Nina tenta avisá-lo sobre quem é a mulher, mas não consegue.
A Carminha acorda desorientada e o marido apercebe-se que ela não sabe quem ele é. O médico conta para o ex-jogador que a mulher tem amnésia. Ele informa-o que operou a Carminha três vezes a uma perna, mas que ela vai precisar de apoio para andar; diz-lhe também que os danos cerebrais lhe afectaram a visão, deixando-a cega do olho direito.
Tufão quer levar a mulher para casa, mas a Nina está certa que Carminha está a fingir para poder voltar para a mansão.
Tufão leva Carminha para casa. A Nina vai atrás deles, levando consigo a receita dos analgésicos da Carminha.
Carminha é vista por outro médico que lhe receita analgésicos mais fracos (que mal tiram as dores que ela tem).
A Nina, de tão certa que está que a ex-madrasta está a fingir para ter a piedade de toda a gente, decide testá-la: humilha-a, repetindo comportamentos (dar-lhe macarrão com salsicha, por exemplo) que anteriormente eram insuportáveis.
Carminha mantém-se consistente e não reage como a Nina espera.
Nina decide ir tirar tudo a limpo e vai falar com o médico que operou a Carminha.
O médico garante-lhe que Carminha vai ser cega, aleijada e ter dores para o resto da vida.
Uma náusea invade Nina, contrariando anos sem fim de ódio e desejo de vingança. Ela finalmente apercebe-se de que não é justo tratar mal uma Carminha desmemoriada e indefesa.
O médico diz a Nina que a amnésia pode ser reversível, que a Carminha pode acordar um dia e lembrar-se de tudo.
Sabendo o risco que corre, Nina avia a receita dos analgésicos da Carminha e volta para a mansão. Vendo a oportunidade doirada que tem em mãos, Nina "reinventa" a história da Carminha, assegurando-lhe que ela é uma pessoa boa, trabalhadora e honesta. Carminha acredita, pois não tem outra escolha.
Nina diz a Carminha que elas eram amigas, desejando poder limpar a sua própria alma do ódio que a corrói. Ela dá os analgésicos certos à sua ex-arqui-inimiga e, lentamente, começa a ajudá-la na sua convalescença.
As duas tornam-se amigas de verdade.
"FIM", diria eu, então. Gosto da ideia de Nina ter de reaprender tudo a nível emocional e a ver a Carminha como ela é agora e não como ela foi no passado. Gosto particularmente da ideia de Nina ajudar a Carminha, mesmo sabendo que ela pode acordar um dia e lembrar-se de tudo. Esse é um desafio muito grande, porque a faria pensar se valeria mesmo a pena investir na ex-madrasta.
Se eu tiver para aí virada, um dia ainda sou capaz de escrever uma "fanfic" sobre isto. Isso é que era, hein? ;)
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