O florir do encontro casual
Dos que hão sempre de ficar estranhos...
O único olhar sem interesse recebido no
acaso
Da estrangeira rápida...
O olhar de interesse da criança trazida
pela mão
Da mãe distraída...
As palavras de episódio trocadas
Com o viajante episódico
Na episódica viagem...
Grandes mágoas de todas as coisas serem
bocados...
Caminho sem fim...
O FUTURO
Sei que me espera qualquer coisa
Mas não sei que coisa me espera.
Como um quarto escuro
Que eu temo quando creio que nada temo
Mas só o temo, por ele, temo em vão.
Não é uma presença; é um frio e um medo.
O mistério da morte a mim o liga.
Ao [...] fim do meu poema.
–– Álvaro de Campos
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