Como foi possível que os tomates tenham sido um dia apelidados de "maçãs venenosas"!? Sim, leram bem – durante mais de dois séculos era rara a pessoa que tocava num tomate, temendo apanhar doenças ou até morrer devido ao seu consumo.
O herborista italiano Pietro Andrea classificou o tomate simultaneamente como venenoso e afrodisíaco. Até ao início do séc. XIX, este fruto era visto algo tão "venenoso como uma serpente".
Demorou muito tempo até que os ricaços europeus se dessem conta que o chumbo ds seus pratos é que lhes era letal, não os tomates em si mesmos.
Por ironia do Destino (se é que ele não é sempre irónico), foi em Nápoles que se inventou a refeição que ia mudar para sempre a reputação do tomate. Sim, as pizzas usam muito molho de tomate e ninguém morre por causa disso!
A Humanidade redimiu-se pelo seu mau comportamento em relação a este alimento dos deuses: é bem sabido pelos cientistas que o tomate contém licopeno – um antioxidante que reduz o risco de doença cardíaca e previne o cancro da próstata (não é piada, mas dá vontade de rir). Os resultados de um estudo da Tufts University, nos Estados Unidos, mostram isto mesmo, sugerindo que as quantidades de licopeno aumentam com a cozedura do alimento.
O aforismo inglês An apple a day keeps the doctor away devia estar a referir-se a estas "maçãs venenosas".
Comam tomate – o coração agradece e os tomates também!
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