6 de setembro de 2025

"As Viagens São Os Viajantes"

A recente ameaça de acabar com o Plano Nacional de Leitura (PNL) e com as bibliotecas escolares causou grande alvoroço nas redes sociais. 

Isso é bastante curioso porque segundo um estudo do Plano Nacional de Leitura (PNL 2027) e do ISCTE mostra que os jovens portugueses têm lido cada vez menos desde 2007. Em 2019: 21,8% dos alunos do 3.º ciclo e secundário disseram não ter lido nenhum livro por prazer nos 12 meses anteriores. Em 2007, esse número era de 11,9%. A percentagem de alunos que não leram qualquer livro por lazer no secundário subiu de 11,3% para 26,2%. A influência da família e o uso das bibliotecas escolares foram apontados como factores importantes para o hábito de leitura. 

Outro artigo do PNL 2027 confirma que os níveis de leitura em Portugal têm vindo a diminuir, especialmente entre os mais jovens e mais escolarizados. 

A única conclusão possível é que o PNL é não serve para nada!

Embora tenha sido criado em 2007 por aquele génio do mal (cujo nome não vou referir) creio que tinha uma intenção nobre, mas ignorou algo fundamental sobre o ser humano, sobretudo o adolescente: tudo o que tente impor a um adolescente será prontamente rejeitado. 

Imagino que o público-alvo deste projecto sejam jovens que ainda não encontraram o livro que os apaixonará... Na verdade, é assim que acontece. É preciso um livro, um livro muito especial, que faça uma pessoa apaixonar-se por ele e depois queira ler outros livros para replicar esse sentimento. É como uma droga, na verdade. Presumo eu, que nunca consumi drogas... graças a um livro.

Se queremos que as crianças leiam mais livros, precisamos de lhes incutir esse gosto desde a infância. É tão simples quanto isso. E, lamento dizer, nem isso garante um resultado positivo. Muitos pais leram livros aos filhos quando eram crianças e muitas dessas crianças nunca desenvolveram hábitos de leitura quando cresceram. 

Algumas pessoas simplesmente não gostam de ler. É estranho, eu sei, mas também é estranho ver pessoas que não gostam de chocolate! É evidente que nenhuma actividade neste mundo é universalmente adorada.

O actual Ministro da Educação Fernando Alexandre garantiu que o PNL não será extinto e, no entanto, tenho as minhas dúvidas sobre a sua eficácia em influenciar mentes jovens. O PNL não produziu os resultados esperados desde a sua concepção. Pergunto-me se as pessoas que estão a organizar uma petição pública estão convencidas que vai haver uma reviravolta nos hábitos de leitura dos jovens? Acho altamente improvável.

Na minha infância, o meu primeiro livro “seduziu-me e envolveu-me por completo”. Até esse momento, “nunca tinha conhecido o prazer de ler, de explorar os recônditos da alma, de me deixar levar pela imaginação, pela beleza e pelo mistério da ficção e da linguagem”. Já falei dele aqui, foi Os Cinco e a Ciganita. As palavras entre aspas são d’ A Sombra do Vento, as quais subscrevo sem reservas e conheço muitas pessoas que também as subscrevem.

A maior recompensa da leitura reside no prazer da descoberta de um livro novo e na magia de ver os pingos de tinta transformarem-se, como por magia, em imagens, em cheiros, em sons — numa gloriosa viagem dos sentidos e da imaginação. Citando novamente A Sombra do Vento:

“Cada livro [...] tem uma alma. A alma de quem o escreveu e a alma de quem o leu, viveu e sonhou com ele. Cada vez que um livro muda de mãos, cada vez que alguém percorre as suas páginas com o olhar, o seu espírito cresce e fortalece-se.”

A experiência de leitura é pessoal, intransmissível e, de certo modo, involuntária. Se um leitor entrar numa livraria, não se irá apaixonar por todos os livros que nela constam. Só um número reduzido de livros irá movê-lo no sentido da leitura. Nesse aspecto, há algo de profundamente misterioso na relação entre o leitor e o livro. Na minha opinião, os livros escolhem-nos a nós e não o contrário. Carlos Ruiz Zafón articulou esta inexplicável relação entre o leitor e o livro de forma muito eloquente n A Sombra do Vento.

A razão pela qual nunca consumi drogas foi graças a um livro chamado A Lua de Joana. Este livro, como tantos outros, chegou-me inesperadamente, numa aula de Geografia, no oitavo ano. A minha professora, sem mais nem menos, leu-nos a célebre carta de 20 de Fevereiro de 1994 (entendedores entenderão). Não sei quantos dos meus colegas ficaram tão fascinados pela leitura como eu, mas assim que cheguei a casa perguntei se tínhamos aquele livro e, após receber uma resposta positiva, percebi que o meu irmão estava a coleccionar “O Clube das Chaves”. 

Assim, após terminar A Lua de Joana, comecei obviamente a ler os livros d “O Clube das Chaves”... E depois d “O Clube das Chaves” comecei a ler o “Triângulo Jota”. Nunca me faltava material novo e fazer uma colecção era muito emocionante.

Já falei anteriormente sobre A Sombra do Vento; este livro também veio ter comigo através de um amigo da faculdade que mo emprestou, iniciando uma paixão pela obra de Zafón. Muitos livros na minha vida chegaram até mim como se me tivessem escolhido, tal como “A Sombra do Vento” do Julián Carax escolheu o Daniel Sempere, mesmo que o pai o tenha levado pela mão até ao Cemitério dos Livros Esquecidos. Aconteceu com O Principezinho, aconteceu com o Fernão Capelo Gaivota, aconteceu com o About a Boy e aconteceu com o Mil Novecentos e Oitenta e Quatro

De outros livros corri atrás como o Tom Sawyer, o Huckleberry Finn, A Insustentável Leveza do Ser, Cartas a um Jovem Poeta, O Filósofo e o Lobo, Ethan Frome, etc. Fernando Pessoa é sui generis; li alguma da sua obra na escola, mas simplesmente não lhe prestei a atenção devida. Foi necessária uma redescoberta através de um documentário da RTP chamado “Grandes Livros” e de um episódio sobre O Livro do Desassossego para que me aprofundasse na sua obra e me apaixonasse por ela.

Faço parte de uma geração que cresceu com o “World Masterpiece Theater”; um conjunto de obras literárias animadas por estúdios no Japão como a Nippon Animation, exibidas entre 1969 e 1997.

Crescemos a ver “Heidi, “Um Cão da Flandres”, “Rascal, o Guaxinim”, “Ana dos Cabelos Ruivos”, “As Aventuras de Tom Sawyer”, “A Família Robinson”, “A História de Pollyanna,” “As Mulherzinhas” e “As Aventuras de Peter Pan”, familiarizando-nos com nomes como Hans Christian Andersen, Thornton Burgess, Johanna Spyri, Maria Louise Ramé, Thomas Sterling North, Lucy Maud Montgomery, Mark Twain, Johann David Wyss, Eleanor H. Porter, Louisa May Alcott e J. M. Barrie, só para citar alguns.

Outras obras literárias, como Abelha MaiaOs Três Mosqueteiros, Nils Holgersson, Alice no País das Maravilhas, Zorro e “As Misteriosas Cidades de Ouro”, não fazem parte do “World Masterpiece Theater”, mas também foram adaptadas por estúdios de animação japoneses. A obra de Alexandre Dumas foi tão acarinhada no Japão que teve direito a duas adaptações — uma pela Nippon Animation e outra pelo Estúdio Gallop.

A geração que cresceu nas décadas de 70, 80 e 90 conheceu nomes como Waldemar Bonsels, Alexandre Dumas, Selma Lagerlöf, Lewis Carroll, Johnston McCulley e Scott O'Dell. O Zorro é uma personagem universalmente conhecida e adorada, embora poucas pessoas tenham lido The Curse of Capistrano, de Johnston McCulley, mas no caso de King’ Fifth de Scott O’Dell, a sua ligação com “As Misteriosas Cidades de Ouro” é tão ténue que é praticamente irreconhecível. No entanto, só quem gosta de ler é que entra numa livraria, vê o nome do autor e tem curiosidade em ler o livro.

O que me traz de volta ao meu ponto original: se não houver uma curiosidade natural sobre os livros e sobre leitura, nem experiências positivas com livros acumuladas ao longo dos anos, os livros não têm significado, mesmo para quem tenha sido inundado desde a infância por inúmeras adaptações animadas de grandes obras da literatura universal.












O prazer pela leitura tem de ser cultivado e um dos melhores exemplos dessa prática em Portugal é o caso d’ A Lua de Joana. A primeira edição foi livremente distribuída com um dos volumes da colecção “O Clube das Chaves”. O livro tornou-se tão popular nas escolas que muitos alunos começaram a montar peças de teatro. Em 2008, Maria Teresa Maia Gonzalez publicou uma resposta directa ao fenómeno com um livro intitulado Os Herdeiros da Lua de Joana em formato de peça de teatro, como forma de agradecimento e cativação de novas gerações de leitores. É preciso lembrar que A Lua de Joana foi um livro encomendado pelo Projecto Vida, mas foi divulgado junto do público leitor da forma mais orgânica possível e é por isso que teve tanto sucesso! Também há uma meta-referência deliciosa: a Joana Brito e os seus colegas de turma escrevem e organizam uma peça de teatro chamada “Os Amigos da Onça” sobre a morte da Marta.

Esta é a vida que todos os livros merecem. Uma vida onde o passa-palavra faz crescer a alma do livro e conquista novos leitores. A Joana Brito está mais viva do que nunca e nenhum autor pode esperar melhor destino para a sua obra. E adivinhem só? Nada disto aconteceu porque o Governo coagiu os adolescentes a ler este livro.

Sim, A Lua de Joana está no Plano Nacional de Leitura, mas a realidade que os apoiantes do PNL não querem enfrentar é que uma pessoa que não gosta de ler não vai, de um momento para o outro, desenvolver o interesse só porque o Estado português compilou uma lista. As listas, por muito extensas que sejam, nunca são suficientes, são sempre limitadas.

Há muitos anos atrás, arrancou um projecto revolucionário para um país tão pequeno como Portugal: a biblioteca móvel, inaugurada por António Branquinho da Fonseca. Este senhor acreditava piamente que as bibliotecas “deviam ser espaços onde o conhecimento formasse e educasse as pessoas, através do cumprimento de princípios inovadores à época, tais como: um serviço biblioteconómico de cariz gratuito que permitisse o empréstimo domiciliário (até cinco livros) das obras por um período alargado (mensal), favorecendo a partilha entre os membros da comunidade dos livros requisitados; um aconselhamento personalizado aos utilizadores sobre as leituras que, para eles, mais poderiam ser úteis; o livre acesso às estantes”.


A Rede de Bibliotecas Itinerantes da Gulbenkian começou em 1958 e terminou em 2002, quatro anos antes de ser criado o Plano Nacional de Leitura e, a meu ver, é uma abordagem mais orgânica e menos prescritiva, o que constitui uma genuína promoção da leitura. As icónicas carrinhas da Citroën, cheias de livros, que se espalhavam por todo o país, especialmente nas zonas rurais onde as pessoas nunca tinham visto uma biblioteca antes, criaram gerações inteiras de pessoas com uma profunda paixão pelos livros. A leitura era apresentada como um universo de infinitas possibilidades, onde cada um podia encontrar a sua própria estrela.

Um livro é tanto um passaporte para outro mundo como uma máquina do tempo para outra era. Como dizia Bernardo Soares: “Para viajar basta existir. [...] Se imagino, vejo. Que mais faço eu se viajo? Só a fraqueza extrema da imaginação justifica que se tenha que deslocar para sentir. [...] A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos”.

22 de junho de 2025

Fortius quo Fidelius

"Força através da Lealdade"

A Dama e o Vagabundo é um clássico intemporal que toca o coração dos espectadores, miúdos e graúdos, há 70 anos, mas por detrás desta encantadora história de dois cães de mundos diferentes, encontra-se uma obra-prima da Disney muitas vezes incompreendida. 

Já li inúmeras interpretações sobre este filme e tenho sempre a impressão que falta algo a todas elas. Não, este filme não é sobre racismo, não é sobre a luta de classes, nem sobre a exploração dos pobres e oprimidos pelos ricos e privilegiados. Sim, é uma história de amor entre dois cães de origens diferentes, mas é mais do que isso – é sobre o valor inestimável da lealdade e sobre a tensão interminável entre o individualismo e o valor da pertença num grupo.

A Dama e o Vagabundo é uma fábula que capta a dinâmica emocional de puxa-empurra da busca pela independência e do desejo de conexão, tornando-se um espelho intemporal dos nossos desejos mais profundos. Os cães são a personificação da lealdade, e a lealdade é uma das virtudes humanas mais desejadas, por isso, é natural que Walt Disney tenha usado cães para contar uma das suas histórias mais humanas. Sim, eu sei tudo sobre a cadela de Joe Grant, a Lady, e como a sua história contribuiu para a produção deste filme (mesmo que ele não tenha tido crédito), mas o filme não é sobre a cadelinha de Joe Grant.
Lady, a cadela de Joe Grant

Também não é sobre como Walt deu à sua esposa um cachorrinho numa caixa de chapéu. É sobre muito mais do que isso!


Este filme tem lugar em 1909, numa pequena cidade da Nova Inglaterra, inspirada em Marceline, no Estado do Missouri, onde Walt Disney passou os melhores anos da sua vida. Lady, uma refinada Cocker Spaniel, conhece apenas amor e carinho dos seus donos, Jim Dear e Darling. A sua compreensão de família baseia-se no conforto, segurança e respeito e o seu bem mais precioso é uma coleira que Darling lhe dá (com uma licença). Porque é que isto é tão significativo?! Bem, a coleira é um presente da sua família humana que simboliza a devoção dos donos pela Lady, mas a licença (que no filme é mostrada como uma pequena placa de identificação dourada) significa que toda a cidade sabe da ligação de Lady à sua família. Ter uma licença não é apenas cumprir a lei daquela comunidade, mas é também o bilhete de regresso a casa de um cão perdido! 


Quando Lady recebe a sua licença, o número atribuído é tudo o que é necessário para que os funcionários do canil municipal identifique os seus donos. É por isso que Jock e Trusty lhe chamam "emblema de honra e respeitabilidade". Aquela pequena etiqueta dourada simboliza o laço sagrado da lealdade entre os cães e os seus donos.


Em contraste, temos Tramp, um rafeiro perspicaz que personifica o espírito da liberdade absoluta. Ele deambula pelas ruas daquela pequena cidade, livre de uma coleira, vivendo a vida nos seus próprios termos, usando os humanos à sua volta para os seus propósitos.

Esta justaposição da existência confortável da Lady e da vida aventureira de Tramp prepara o cenário para uma exploração subtil do valor da liberdade pessoal versus lealdade. Embora a história nunca o afirme explicitamente, é claro pelas suas palavras que a desconfiança do Tramp em relação aos humanos advém da sua experiência pessoal.

Apesar de ser um rafeiro (provavelmente uma mistura de Schnauzer), vê-se que a sua cauda foi cortada. Para que isso acontecesse, um humano teve de levá-lo a um veterinário. Tramp deve ter-se sentido traído pelos donos quando estes o negligenciaram em favor do bebé e, das duas, uma: ou foi abandonado ou deixou-os por vontade própria, convencendo-se de que, depois de estragado o seu "lar feliz", estaria melhor sozinho. O laço de lealdade que o unia aos donos quebrou-se. 

Ele lida com os seres humanos da mesma forma que muitos humanos veem os cães: como uma mercadoria. Obtém o que precisa deles sem nunca se apegar a ninguém. 

Diz a Lady que "o coração humano tem um espaço limitado para o amor", por isso, quando os donos de Lady tiram férias sem ela e a tia Sarah perturba o seu idílico lar, a lealdade de Lady é posta à prova. O Tramp encontra-a do lado errado da cidade, com a cabeça enfiada numa focinheira, sozinha e aterrorizada. Ele faz tudo o que pode para a ajudar e partilha com ela os benefícios da liberdade total e de não se deixar prender a nenhuma família. Lady ouve-o sem comentar.

Esta dinâmica reflecte uma verdade universal: o fascínio da liberdade tenta os indivíduos a sair da sua zona de conforto. O seu contacto com Tramp permite-lhe experienciar a vida para além dos limites da sua casa e da sua rua, levando a momentos de profunda conhecimento interior.

O momento mais famoso do filme ilustra na perfeição como o amor os pode unir. Por entre as luzes brilhantes do exterior do restaurante do Tony, Lady e Tramp partilham um prato de esparguete com almôndegas. Esta é a cena mais famosa do filme — de todos os filmes do Walt Disney, na verdade! 
E, no entanto, há uma subtileza maravilhosa na actuação dos dois cães que conta uma história muito mais complexa.

Frank Thomas e o Tramp
Aqui faço a minha homenagem ao director de animação desta cena; ao homem que salvou a cena de ser cortada do filme. Quando Walt Disney viu os storyboards não gostou da cena; pensou que dois cães a comer esparguete não transmitiriam qualquer emoção senão comédia. Ele não queria que a cena fosse incluída no filme. Frank Thomas assumiu a animação de toda a cena só para convencer Walt de que iria resultar. Missão cumprida!

Obrigado, Frank Thomas!

O génio desta cena é o eixo central do tema explorado no filme. A lealdade de Lady surge como contrapeso à liberdade de Tramp. Ela debate-se com a sua lealdade aos seus donos, ao bebé e à tia Sarah, bem como com o novo vínculo que partilha com Tramp depois de ele a ter ajudado num momento de necessidade. Este conflicto interno é maravi
lhosamente ilustrado na icónica cena do jantar de esparguete. Ao início, Tramp não dá importância ao comentário de Tony de "assentar com esta". Quando o prato de esparguete com almôndegas é colocado na mesa, ele come muito mais do que a Lady.

Como ele não faz refeições regulares, está mais interessado na comida do que na serenata, mas quando acaba por mastigar a ponta oposta do mesmo fio de esparguete e acaba por beijar Lady, algo muda dentro dele. Ele esboça um sorriso. Lady reage como uma verdadeira dama, de forma recatada, mas o olhar do Tramp altera-se quando olha para Lady e ele empurra a última almôndega na direcção ela. Isto é mais do que um presente — é um sacrifício!


Já tinha arriscado a vida para a proteger dos ferozes cães vadios do beco, mas abdicar da refeição para lhe oferecer a última almôndega é um sacrifício. Ele está a colocar o bem-estar dela acima do seu. Ele já não é apenas um despreocupado vagabundo; está a começar a considerar a ideia de pertencer a alguém. Logo após o jantar, os dois cãezinhos dão um passeio demorado pelo parque e deixam as suas pegadas no cimento fresco. É uma promessa silenciosa vinda do Tramp, porque o cimento, uma vez endurecido, é imutável. Este momento prenuncia a sua transformação final; é um desejo que ambos carregam. 

A Lady está tão feliz por deixar a sua pegada no cimento como o Tramp. No entanto, ela não está disposta a abdicar da família por uma vida de aventuras ao ar livre e o Tramp abana a cabeça e acompanha-a de volta para casa.Ainda há reminiscências do seu desejo de absoluta liberdade, mas uma parte dele compreende a lealdade inabalável de Lady. 

Infelizmente, Lady acaba num canil rodeada de cães de todas as raças sem coleiras ou licenças, e testemunha em primeira mão o que o Tramp lhe estava a tentar dizer. Infelizmente, os humanos podem ser terríveis para com os cães... Nem todos os cães serão adoptados por boas famílias. Alguns destes cães serão eutanasiados (como o pobre Nutsy). O melhor amigo de um cão nem sempre é um humano. Não é o caso de Lady, cujo número de licença garante que a tia Sarah será contactada pelos funcionários do canil para a ir buscar, mas a sua experiência no canil marca-a profundamente.

Não se sente traída apenas pelos donos, mas também pelo Tramp, quando descobre os rumores sobre ele. Apesar de se sentir envergonhada pela sua experiência no canil, Jock e Trusty, os seus fiéis amigos, apoiam-na e querem ajudá-la da melhor forma possível. 

Quando o Tramp regressa para pedir desculpa com um presente, Jock e Trusty defendem Lady, mas ela garante-lhes que se pode defender sozinha. Ela confronta o Tramp sobre os rumores que o rodeiam e diz que não precisa que ele a proteja. Tramp abandona a casa, desolado. Ao ver o rato a subir pela janela, Lady começa a ladrar e o Tramp regressa sem pensar duas vezes para a ajudar, já que ela está presa à sua casota por uma coleira.

Sem a menor hesitação, o Tramp entra em casa e inicia uma luta feroz com um rato maléfico. A tia Sarah, Jock e Trusty interpretaram mal as ações do Tramp, mas Jim Dear e Darling confiaram na sua Lady e, depois de verem o rato morto, convenceram-se de que o Tramp fora injustamente acusado. Jock e Trusty partem em busca da carruagem (como forma de expiar o seu anterior comportamento) e conseguem detê-la e salvar o corajoso cão de um destino cruel. Lady guia os seus donos para salvar Tramp da sua situação potencialmente fatal. É um momento glorioso em que as lealdades de todas as personagens convergem. 


Depois disso, Tramp é adoptado pela família de Lady e eles formam a sua própria família com quatro adoráveis ​​cachorrinhos. E, claro, o Vagabundo ganha a sua própria coleira e licença e aprende que a verdadeira lealdade e o compromisso amoroso são mais importantes para ele do que a independência sem objectivo.

Acima de tudo, Walt Disney queria uma família; ele pedia a todos os funcionários que o tratassem por "Walt", praticava desporto com os seus artistas e foi por isso que construiu o estúdio de Burbank. Existem muitos outros filmes sobre a ligação entre cães e humanos como "Hachiko", "A Dog's Purpose", ou "Homewards Bound - the incredible journey" (também dos estúdios Disney) que nos tocam o coração. "A Dama e o Vagabundo" é um dos primeiros filmes a explorar o poder duradouro da lealdade como base de uma estrutura familiar sólida e mostra-nos que, independentemente de onde viemos, um coração leal pode encontrar um lugar onde pertencer.


11 de maio de 2025

Has Lucy changed, Charlie Brown?



Charlie Brown approaches Lucy with a smile, while she is jumping rope. He calls her a fussbudget, but she stops her action and calmly explains that she has changed, looking like she has reached an epiphany about herself. Is there a real change from fussbudget to ornery? Or is she simply arguing semantics? How we perceive ourselves vs. how others see us, and how we try to define our own quirks (even when those quirks are less than endearing) are the subjects of this strip. Lucy is such a contrarian that she even refuses the fussbudget label in favor of ornery. In fact, her words to Charlie Brown feel simply like grumpiness with a veneer of depth. Ultimately, even when Charlie Brown agrees with Lucy she will still contradict him, making her character cantankerously recognizable.


1 de março de 2025

40 Candles!

'Dragon Ball Daima' is the ultimate celebration of the Dragon Ball franchise. It wasn't meant to be that; at the time it was envisioned it was simply the next project… Until Akira Toriyama passed away unexpectedly. With its original creator as the master of ceremonies by writing the story, designing the characters, and supervising the scripts — what would become the last project he ever worked on — this new show feels like a massive celebration for all Dragon Ball fans.

'Daima' started in 2021 as a little side project, but as it grew, Toriyama got more and more involved. It is, by far, the TV show where his involvement is most keenly felt. Toriyama wrote the outline of the entire series, handed it to the writers at Toei and personally oversaw every script, infusing this show with his signature creativity, charm and humor, ensuring the series stays true to its roots.

The latest installment in the iconic franchise boasts an impressive roster of talent behind its creation, blending veteran artists with fresh faces to bring this new adventure to life with a new energy.

The opening of 'Dragon Ball Daima' (first heard in the 2nd episode) is one of the greatest gifts from fans to other fans. The melody for 'Jaka Jaan' was composed by artist Zedd and CK (Zedd is a die-hard fan of Akira Toriyama's work). The lyrics were written by legendary lyricist Yukinojo Mori (the 70-year-old lyricist also known as Joe Lemon), who has written the lyrics for nearly every opening in the Dragon Ball universe ('Cha-La Head-Cha-La'; 'We Gotta Power/Bokutachi wa Tenshi Datta' from 'Dragon Ball Z'; 'Kuu•Zen•Zetsu•Go' from 'Dragon Ball Kai'; 'Chōzetsu☆Dynamic!' and 'Genkai Toppa x Survivor' from 'Dragon Ball Super'). Jaka Jaan is the Japanese onomatopoeia for the sound a guitar makes. The melody  is a vibrant and catchy track that blends nostalgia with a fresh, modern sound, making it a fitting addition to the Dragon Ball franchise while also being incredibly reverential to Akira Toriyama. His name appears romanized in the opening credits. 

オットット!
ハート縮んで調子でない日も
夢はTORIどり なYAMAない
AKIRAめない
was translate to:
Whoopsie daisy!
Even when your heart shrinks & you feel low
Dreams are everywhere
Don't worry about it
Never give up

That's the kind of stuff that's going to get lost in translation, I'm afraid. The song's upbeat tempo and infectious rhythm capture the sense of excitement and wonder 'Daima' aims to evoke, harking back to the playful and adventurous spirit of the original Dragon Ball while still feeling contemporary. 

The last images of the ending song 'Nakama' represent the author, since 'tori' means "bird" in Japanese, and he founded his own production company, Bird Studio



Composer Kōsuke Yamashita is a newcomer to the Dragon World, but he's joined the party for this project. He's known for his work in the 'Digimon' franchise.


Aya Komaki

Aya Komaki is at the helm of this project. She has worked on several successful series like 'One Piece' (in the storyboard department, as an assistant director and as a director). She had a similar role in the series 'Gegege no Kitarō'. In her debut in the Dragon Ball universe, she Shinzō Yuki contributed to episodes 5, is none other than the Series Director for 'Dragon Ball Daima'. She also storyboarded the opening and ending credits, as well as episodes 13, 18 and 20.

Yoshitaka Yashima is a veteran animator for the Dragon World (well known for animating episodes single-handedly). His vast experience brings valuable expertise to the new series. His first major role was as an animator in the celebrated film 'Fist of the North Star' (1986). He worked on renowned series such as 'Gegege no Kitarō', 'Digimon Adventure' and 'One Piece' with the triple task of creating storyboards, animating and directing episodes. His entry in the Dragon World was through the 'Z' era films ('Dragon Ball Z: Broly' and 'Dragon Ball Z: Cooler's Revenge'), but he contributed extensively in 'Dragon Ball Super' Storyboards (11 episodes), Animation Director (19 episodes), 2nd Key Animation (eps. 79, 109), Assistant Animation Director (eps. 109, 131), and Key Animation (28 episodes). He has served as director and storyboard artist for 7 episodes of the 'Dragon Ball Daima'. 

Yūko Kakihara is responsible for the series' composition and script. She wrote all 20 episodes, ensuring a narrative that honors the legacy of the franchise, while introducing new elements, bringing Akira Toriyama's inventive new world to life. 'Digimon' fans will recognize her name.


The visual style of 'Dragon Ball Daima' is a testament to its stellar art and animation team. Maya Kasai serves as Art Director, contributing to all 20 episodes and the opening/ending sequences, while a talented group of art contributors like Bun Sun Lee, Eiji Hamano, and Shinzō Yuki add depth to the backgrounds. The character designs, rooted in Toriyama’s work, are refined by Katsuyoshi Nakatsuru, who also serves as Animation Character Designer and Chief Animation Director for the entire show. 


The art department plays a pivotal role in bringing this whimsical world to life. 

Under the leadership of Maya Kasai, the visual landscapes in this show are vibrant and dynamic. As Art Director, Maya Kasai worked in all episodes. She's responsible for establishing the overall visual tone, translating Akira Toriyama’s original concepts into detailed, animated environments. She had previously worked as a background artist in 'Dragon Ball Super: Super Hero'. Shinzō Yuki contributed to episodes 5, 7, and 9. His role appears more selective but no less impactful, since he's been with 'Dragon Ball' ever since the beginning (both tv shows and movies). In fact, he has worked on 'Dr. Slump & Arale-chan: Hoyoyo! The City of Dreams, Mechapolis' as a background artist. The Demon Realm demands wholly original designs — dark, mystical, and teeming with Akira Toriyama's quirky sensibilities. Overall, the art department delivers a visual experience that honors Akira Toriyama's imagination. Their work transforms Daima’s quirky premise into a believable, breathtaking world, proving that even in a universe of shrinking heroes and demonic villains, the art can remain larger than life.


Katsuyoshi Nakatsuru is the Animation Character Designer. He's a veteran artist who has shaped the visual identity of Dragon Ball, since 1986, across multiple series and films. Nakatsuru's involvement in 'Dragon Ball Daima' bridges the franchise's stories past with its latest chapter. His is a pivotal role that involves adapting Toriyama's original whimsical character designs into a format suitable for the medium of animation. He's responsible for celebrated scenes such as: the fight between Tenshinhan and Goku, Future Trunks killing Freeza with his sword, the character of Bardock and the design for Super Saiyan 4 Goku in 'Dragon Ball GT'. In an interview, Akira Toriyama said: "

Maybe, that I’d be able to have you draw for me. (laughs) Anyway, when I had them show me one of your actual illustrations, it was really amazing! Even now, I sometimes can’t tell them apart — “did I ever draw something like this?” But then, I think, “the muscles are drawn better than I can do… so it must be Nakatsuru-kun’s.” (laughs) [...] What was it, again? I forget, but you drew Savings Warrior Cashman for Monthly V-Jump, right? At that time, I thought even more, “he’s this amazing?” It’s like, Nakatsuru-kun’s illustrations are even more me than my own work."

In 'Dragon Ball Daima', this dynamic is particularly poignant, as Nakatsuru honors Toriyama's last designs by preserving his quirky "Mini" concept while ensuring the characters remain recognizable and engaging. Bringing miniaturized characters to the screen in a large scale adventure story, and especially bringing back Super Saiyan 4 Goku, I'm sure must feel very nostalgic for him. His key animation in the ending credits offers a final tribute to both Toriyama and the fans who've followed his career, and a testament to his enduring impact on this beloved universe.

The Chief Animation Directors of 'Dragon Ball Daima' (in charge of overseeing the animation process) form a powerhouse team responsible for ensuring the series' visual consistency and quality across its 20-episode run. This group brings a mix of veteran expertise but also a modern flair to the project. 

Chikashi Kubota brings a modern edge to the Dragon Ball universe. A fan of Dragon Ball since elementary school, he's been improving his drawing skills ever since, and got his first gig as a key animator in 'Dragon Ball Super: Broly' and 'Dragon Ball Super: Super Hero' (he animated the excellent recap from the Red Ribbon Army arc). Kubota excels at fluid, impactful action animation, and his drawing style closely resembles Toriyamas's as well. His involvement in the premiere episode of 'Dragon Ball Daima' likely set a high-energy tone, introducing the first images we see in the beginning of every episode with polished visuals. Outside of the Dragon Ball universe, he animated the second Fullmetal Alchemist opening (Ready, Steady Go), worked on 'One Piece: Baron Omatsuri and the Secret Island', 'One Punch Man' and 'Gurren Lagann'.

Miyako Tsuji (credited for episode 3) contributes early in the series, possibly refining the Mini characters' debut antics on a foundational action scene (Goku's first fight). She was also a key animator on episode 6 (Goku's fight with Glorio). Her experience on Dragon Ball Super aligns her with the franchise’s modern era, and her work here ensures the animation gels with Nakatsuru’s designs. She worked extensively on 'Dragon Ball Z: Resurrection 'F', 'Dragon Ball Super', and 'Dragon Ball Super: Broly'.

Naohiro Shintani has loved Dragon Ball since elementary school, going to the movies with his older brother to see the new films. He was directly selected by Akira Toriyama for 'Dragon Ball Super: Broly' after a character designer audition, but his first assignment for a work in the Dragon Ball universe was as a key animator in 'Dragon Ball: Yo! The Return of Son Goku and Friends!!' He was also an Animation Director in 'Dragon Ball Super: Super Hero'. He brings a sleek, cinematic style to episodes 4 and 10 and contributed with his own key animation in episodes 4 and 10 of 'Dragon Ball Daima'. 





Tadayoshi Yamamuro has been both praised and criticized by his work on the Dragon Ball universe, but no one can argue that he's one of the most prolific and respected contributors the franchise has ever seen. He has been connected to the Akira Toriyama universe since his work on 'Dr. Slump'. He has been with the Dragon Ball universe since 1986, doing everything: from storyboarding to In-Between Animation; doing Key Animation; being an Animation Director and Chief Animation Director throughout all the eras of the franchise, culminating in the position of Character Designer on 'Dragon Ball Super' (for which he was criticized by the fandom). His classic style—rooted in Toriyama’s original aesthetic — was adored by fans of the 'Z' era of the franchise. His martial arts training in a Shaolin Temple at an early age sure were helpful in realistically coordinating the fight scenes. Yamamuro's presence ties 'Dragon Ball Daima' to its roots, delivering iconic fight scenes with a traditional flair. Other works of his include the movie 'Angel's Egg' and studio Ghibli's 'Laputa: Castle in the Sky', as well as the 'Digimon' and the 'One Piece' franchises.


Takeo Idepretty much like Tadayoshi Yamamuro, has extensive experience working in the Dragon Ball universe, including working as an in-betweener on 'Dr. Slump'. He worked as a Key Animator, Assistant Animation Director, and Animation Director throughout the different TV shows and movies. His participation on 'Dragon Ball Daima' is extensive: Chief Animation Director (episodes 11, 17), Animation Director (episode 1), Assistant Animation Director (episode 20), as well as Key Animation (episode 11). He helped kick off this new show with a bang, while his Chief roles focused on maintaining momentum, with intense Demon Realm confrontations and Mini character heroics.








Yūya Takahashi is a rising star in the Dragon Ball universe. Born in 1984, he began his career as an animator in 2008. He animated one of the most exciting episodes of 'Fullmetal Alchemist: Brotherhood' (episode 47) and has worked on series such as 'Lupin III' and 'One Piece.' As a freelance animator in the Dragon Ball universe, he made his debut as an animation supervisor on episode 114 of 'Dragon Ball Super.' His work has a sharp, angular style that's easily identifiable. He was also a key animator for the first opening and episode 13 of 'Dragon Ball Super,' and worked on the movie 'Battle of Gods,' 'Resurrection 'F' and 'Broly.' On 'Dragon Ball Daima,' his fluid, kinetic style — seen in the Tournament of Power — makes him a fan favorite, especially because he mimics the coolest character designs from the Majin Buu arc. His animation direction (episode 20) and assistant work (episodes 7, 13, 18) amplify his impact, ensuring that 'Daima's' finale delivers an absolute visual spectacle. You can catch a little bit of it here.

The blend of classic Dragon Ball grit (Yamamuro) and modern polish (Shintani, Kubota, Takahashi) reflects 'Daima's' dual nature as both a nostalgic tribute to Toriyama and a fresh adventure. Together, they ensure that 'Daima' feels like Dragon Ball—familiar yet evolved. Their efforts honor Toriyama's legacy, delivering a series that's visually stunning, emotionally resonant, and true to the franchise's spirit. 

The key animators are the artists who draw the critical frames that define a scene's movement and emotion, serving as the foundation for in-between animators to complete the sequence. In 'Dragon Ball Daima', they form a diverse and talented group that brings the series' dynamic action and expansive Demon Realm settings to life. With a roster of over 70 artists contributing across 20 episodes, this team blends veteran contributors with international talent and fresh faces.

Naotoshi Shida, like Yamamuro and Ide, is a Dragon Ball legend, known for explosive action scenes. He has been with the Dragon Ball universe since 1986, as a storyboard artist, an in-betweener, and a key animator. He is characterized by using a large number of frame drawings to express a sense of speed and smoothness of movement. Scenes like Goku telling Beerus not to indulge in destruction; Goku fighting Krillin in the Tenkaichi Budokai, Goku fighting Kid Buu in the Kaiōshin Realm, he animated them all. In 'Dragon Ball Daima', he did 
key animation for episode 8 (the fight between the 3rd Tamagami and Goku) as well as episode 20. The finale benefits from his signature fluidity, ensuring that 'Daima' ends with a bang. Other scenes animated by him can be seen here, here, here, here, here, and here.


Ken Ōtsuka is also no stranger to the Dragon Ball universe or the animation industry. He was a key animator on renowned series such as 'Sailor Moon', 'Cowboy Bebop' (both in the series and in the film), 'Naruto', 'Naruto Shippūden; 'Mobile Suit Gundam', 'InuYasha', 'One Piece', 'Digimon' and 'Fullmetal Alchemist: Brotherhood'. This gentleman did everything: from the storyboard department, secondary animation, key animation and direction. His involvement in the Dragon Ball universe began in 2008 with 'Dragon Ball: Yo! The Return of Son Goku and Friends!!', did storyboards and was a main animator on Dragon Ball Super (the 2nd opening and the Tournament of Power episodes) and the movie 'Dragon Ball Super: Broly'. In 'Dragon Ball Daima', he was also the main animator for the opening action scenes.

Masahiko Maruyama is a new voice in the Dragon Ball universe, though not to the animation business. He has worked as a key animator in 'Bleach'; 'Digimon Ghost Game'; 'Hunter × Hunter'; 'One Piece'; 'Tiger Mask W', and 'Yes! Precure 5 GoGo!'. He was also an Animation Director on 'The Rising of the Shield Hero', and an Assistant Animation Director for one episode of 'Parasyte-the maxim'. He first worked as a key animator on 2 episodes of 'Dragon Ball Super' and 10 episodes of 'Dragon Ball Daima'.

Takenori Tsukuma is another new voice in the Dragon Ball universe but he has a vast experience in the animation business since 1990. He has worked on several memorable shows as a Key Animator, like 'Attack on Titan The Final Season'; 'Berserk: The Golden Age Arc III'; 'Blade of the Immortal'; 'Bleach'; 'Code Geass: Lelouch of the Rebellion'; 'Cowboy Bebop'; 'Detective Conan'; 'Digimon'; 'Eureka Seven'; 'Fairy Tail'; 'Fist of the North Star'; 'Ghost in the Shell'; 'InuYasha'; 'JoJo's Bizarre Adventure'; 'Mobile Suit Gundam'; 'My Hero Academia'; 'Naruto'; 'Naruto Shippūden'; 'Saint Seiya'; 'Vinland Saga', and as an Animation Director in shows like: 'Altair: A Record of Battles'; 'Aoashi'; 'Black Clover'; 'Mushishi: The Next Chapter', and 'Seven Deadly Sins'. He also worked on key animation for 'Batman: Gotham by Gaslight'. He first worked as a key animator on 7 episodes of 'Dragon Ball Super' and 10 episodes of 'Dragon Ball Daima'.

Shūichirō Manabe may be a little-known name to some folks, but he's been involved with the Dragon Ball universe since 'Dragon Ball Super', working for 20 episodes as an assistant animation supervisor and animation supervisor. He was also the key animator for 17 episodes as well as the second opening ('Genkai Toppa x Survivor'). He also worked as key animator on 'Dragon Ball Super: Broly'. In 'Dragon Ball Daima', he was a key animator in the opening as well as 9 episodes

Yōhei Sasaki has participated in plenty of shows from studio Sunrise and studio Bones (including 'Fullmetal Alchemist' e 'Fullmetal Alchemist: Brotherhood'). He's best known for his work on 'Gintama'. His first work in the Dragon Ball universe was as a key animator on 'Dragon Ball Z: Battle of Gods'. In 'Dragon Ball Daima', he participated in 8 episodes (including animating the fight between Goku and the Gomah's Military Police and the last two episodes). He was also a key animator on the series' opening. 

This series also counted with a strong international Group of animators, like Aarón Rodríguez (Episode 13), Alex Torres (Episodes 18, 20), Alexandre Gomes (aka Sanda) (6 episodes), Mehdi Aouichaoui (Episode 18) (he also worked on the 'Broly' movie), and others like Berkant Dumlu, Jonghyun Jung-Boix, Levent Kotil, Olivier Lescot, and Pierre Eric Takeshi Sugita.

Last, but not least, Takashi Kojima is a very versatile artist: he's a storyboard artist, an in-betweener, a 2nd key animator (worked on the movie 'Look Back'), a key animator (worked on 'Fullmetal Alchemist: Brotherhood'), an Animation Director (worked on 'Attack on Titan The Final Season Part 2') and  Episode Director (worked on 'Your Lie in April'). He was brought in is a key animator to work on this first Dragon Ball project: the last episode of 'Daima'. Not just the last episode, either: he was the key animator of the very last scene of the show. I can genuinely say this was the closest Dragon Ball has ever felt to be animated by studio Ghibli. You can see an entire breakdown of that scene here.

This team's diversity  joining the veterans like Shida and Yamamuro, with modern stars like Shintani and Kubota, and the international contributors creates a vibrant mix. Their work honors Akira Toriyama's legacy, with Nakatsuru's designs animated fluidly by Ōtsuka's action, Shintani's polish, and Shida's intensity. Their collective effort transforms Toriyama's final vision into a worthy Dragon Ball chapter.

I would gladly fill this post with praises on everybody who worked on 'Dragon Ball Daima': the Director of Photography, the Producers, the 2nd Key Animators, the In-Between Animators, the Background Artists, and the Digital Artists... This show was blessed with a stellar staff!

I just wanna share a few words for the voice talent that participated on this show. 'Dragon Ball Daima' has a remarkable ensemble of veteran actors, rising stars, and versatile talents. 

For the first time in the history of the franchise, there was an almost entire substitution of the cast to accommodate the mini versions of the characters. All actors were switched, except for one:

Masako Nozawa's portrayal of Goku remains iconic, infusing Mini Goku with youthful exuberance while retaining his heroic spirit. There's no way you don't feel goosbumps when he's powering up his final Kamehameha. That's nothing short of epic, especially for a veteran actress 88 years young.

Shrinking our favorite characters to childlike form required a whole new cast to adapt their performances with playful, youthful tones while preserving the core personalities of the characters we've been listening to for decades.

Yūdai Mino's portrayal as Mini Vegeta is a hilarious standout, retaining the prince's haughty attitude in a pint-sized package. The exaggerated bravado in his voice coming out of such a small body nails the comedic contrast.

Mai Nakahara's portrayal as Mini Bulma is spunky and mischievous, capturing the character's intellect with a youthful edge. It somehow reminds me of Hiromi Tsuru in the early days of Dragon Ball. Her chemistry with Mino's Vegeta sparks a delightful banter throughout the entire series.

Tomohiro Yamaguchi's portrayal as Mini Piccolo perfectly laces his well-known stoicism with a certain amount of vulnerability, making the shrunken Namekian endearing but stil a formidable warrior.

Yumiko Kobayashi's portrayal as Mini Kaioshin faithfully follows that of Shinichirō Ōta, who played the character in 'Dragon Ball Super'.

Showtaro Morikubo is known as the voice of Bartolomeo in 'One Piece', and the voice of Shikamaru Nara in 'Naruto Shippūden'. He makes his debut in the Dragon Ball universe as the voice of King Gomah. As the central antagonist, he is cunning and charismatic, with a sly delivery that makes him a compelling foil to Goku. His versatility shines in Gomah's scheming moments.

Yōko Hikasa, known as the voice of Frīda Reiss em 'Attack on Titan', is Dr. Arinsu; a cold and calculating Glind, perfect for the villainous scientist. She brings a sense of mistery and menace to the Demon Realm's schemes.

Kōki Uchiyama does the voice of Glorio as a "double-agent"; a reluctant and conflicted ally to Goku and his friends. His nuanced performance, blending friendship with doubt, gives an interesting flavor to a character who slowly but surely warms up to Goku and his friends.

Fairouz Ai does the voice of Panzy, the Princess of the 3rd Demon World, and she's feisty and endearing. Her energetic delivery makes this new character a fan favorite.

Tomokazu Seki, known for his performance as Nobuo Terashima in 'NANA', does the voice of Majin Kuu and brings a wonderful energy to the clumsy (but unimaginably smart) fighter conjured up by Dr. Arinsu. 

Fukushi Ochiai does the voice of Majin Duu, the second Majin conjured up by Dr. Arinsu and Marba; he's a very immature and naïve character, closer to Majin Buu in strength and has an undeniable sweet tooth, and the voice is very important to convey that childlike nature.

Hiroshi Naka does the voice of Neva, the old, wise and mysterious Namekian from the 2nd Demon World. The voice actor was born in 1960, which is amazing when you think how great his 'elder' voice is. According to his page, this was his first time playing a character in the Dragon Ball universe, but it's not his first time playing an elder. 

Kenta Miyake does the voice of the Tamagami from the 3rd Demon World, as well as the voice of Scar in 'Fullmetal Alchemist: Brotherhood'. The 3rd Tamagami is a very boisterous character, who shares Goku's love for fighting and fairness in combat. He's so impressed by Goku that he's seen imitating his iconic Kamehameha pose.

Last but not least I'd like to mention Hideyuki Umezu, who does the voice of the Tamagami from the 2nd Demon World. You may know him as the narrator from 'Akira' as well as Barry the Chopper from 'Fullmetal Alchemist: Brotherhood'. These and many other roles speak for themselves when it comes to the actor's ability, but 'Dragon Ball Daima' was his last performance before he passed away in May 2024. His performance during his fight with Mini Vegeta is a testament to his immense talent.

This voice cast is a masterclass in balancing legacy and innovation. Veterans like Nozawa, Horikawa, and Furukawa anchor 'Daima' in Dragon Ball's history, their performances evoking 'Z' and 'Super' while adapting to the Mini twist. Newcomers inject fresh energy, making characters like Gomah, Panzy, Glorio and Neva instant classics. Their ability to switch between humor, heart, and action mirrors Toriyama's storytelling, making 'Daima' a fitting tribute to his legacy. Their work is a love letter to Dragon Ball.