No dia 14 de Maio, será lançado o mais recente livro de Dan Brown, intitulado Inferno.
Contudo, os tradutores desta obra de Dan Brown já passaram pelo seu inferno pessoal. Onze tradutores (para onde a editora quer lançar o livro simultaneamente a 14 deste mês) foram sequestrados num bunker, trabalhando longas horas durante dois meses e sendo vigiados 24/7. Quando não estavam a trabalhar, os manuscritos eram guardados a sete chaves (para não serem pirateados, obviamente).
Para além dos ossos do ofício de um tradutor, tudo o que estes tradutores faziam era monitorizado. Estas pobres almas tiveram ainda de contar histórias falsas aos outros membros da editora Mondadori, (com quem se cruzavam na cantina) sobre o que estavam ali a fazer. E aos amigos e familiares, também.
Tudo este esforço hercúleo para lançar a obra em inglês, francês, alemão, espanhol, catalão, italiano e português. Simultaneamente.
Não terão já os tradutores de se sujeitar aos problemas constantes que o ofício lhes coloca? Será que ainda precisavam de ser obrigados a trabalhar debaixo de tamanha pressão? Espero que (no mínimo) lhes tenham pago em proporcionalidade ao esforço e ao facto de terem sido privados de dois meses das suas vidas.
Não me venham cá dizer que ser tradutor é fácil!
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