25 de Maio:
Diz o Livro do Génesis que Adão e Eva comeram o fruto da árvore do conhecimento do Bem e do Mal e que, por isso, foram banidos do Jardim do Éden. Deus enviou anjos com espadas flamejantes para guardarem a Árvore da Vida. Desde esse momento que é assim para os humanos: odiamos o momento do nosso fim e vivemos em perpétua dualidade (Vida - Morte; Amor - Ódio; Alegria - Tristeza), etc. Onde se esconde, afinal, a Verdade?
A busca pela imortalidade parece ser a resposta errada, pois retira valor à vida, àquilo que nos torna tão humanos... Retira-nos a fúria de viver o melhor possível no maior espaço de tempo possível...
Todd May, que escreveu um livro intitulado Death (Art of Living), propõe que o que mais nos assusta na Morte é que seremos impedidos de realizar os nossos projectos, pois ficaremos incapacitados pela ideia do nosso fim. Essa resposta, diz o autor, também é errada, pois tal como não sabemos se vamos estar vivos amanhã, também não sabemos que não vamos estar. Ele fala em encontrarmos em nós próprios um meio-termo entre projectarmos algo num futuro incerto mas, ao mesmo tempo, vivermos cada momento das nossas vidas de forma total.
Viver o presente ao máximo, projectando o futuro ao mesmo tempo, sempre reconhecendo a fragilidade da nossa existência... Será essa a resposta para o que nos aflige?...
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